Projeto de metrô em Alphaville está parado

A troca de diretoria na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) atrapalhou os projetos iniciais sobre a implantação de uma linha de metrô ou similar em guia Alphaville. A companhia realizou um estudo para a elaboração de um projeto de transporte não-poluente de média capacidade para ligar a linha 8-Diamante (Júlio Prestes/Itapevi) ao bairro. O relatório deste estudo seria concluído no final do ano passado, mas ainda não há novidades sobre o assunto.

A assessoria de imprensa da CPTM informou que, com a troca de direção, a partir da mudança de governo – saiu José Serra/Alberto Goldman e entrou Geraldo Alckmin – não é possível informar sobre os projetos e se eles terão continuidade.

Essa suspensão, mesmo que temporária, é um banho de água fria nas quase 200 mil pessoas que se dirigem à região diariamente para trabalhar ou estudar. O público flutuante de Alphaville e Tamboré dispõe de poucas alternativas para se deslocar e enfrenta diariamente congestionamentos nas alamedas Rio Negro, Araguaia, Piracema, Tamboré, Tucunaré e outras.

Na noite da última quarta-feira, por exemplo, um acidente no Rodoanel, com vítimas presas às ferragens, interditou uma das faixas e complicou o trânsito, que rapidamente se refletiu na rodovia Castello Branco (sentido capital) e, consequentemente, em Alphaville, já que os veículos se dirigem às rodovias ou ao Rodoanel. Os congestionamentos que desaparecem por volta das 19h30 ainda estavam presentes às 20h30.

Muitos motoristas, a maioria parados na Rio Negro, não se importaram com as chuvas. Abriram os vidros para pedir à reportagem da Folha de Alphaville que não parece de cobrar soluções para o trânsito. “Está ficando inviável vir para cá. Perco normalmente uma hora e meia para deixar o bairro. Não consigo chegar à faculdade e nem marcar compromissos à noite”, disse Everton Menezes. Eriberto Gonçalves também estava bastante irritado. “É um absurdo. A gente não tem alternativas”, dizia.





As soluções para o trânsito são estudadas. O prefeito de Barueri, Rubens Furlan, anunciou em janeiro a sua intenção em agilizar a construção do novo acesso à Castello Branco, a partir da extensão da alameda Tucunaré. Para realizar o projeto mais rapidamente, Furlan até fez algumas alterações. O viaduto, que será construído, dará acesso apenas no sentido capital da rodovia e não mais nos dois sentidos, como previsto anteriormente. A CCR-Viaoeste, responsável pela Castello Branco, informou que está ajudando a prefeitura na realização do projeto, mas que os prazos ficarão sob a responsabilidade da administração pública.
Já em relação à CPTM e o estudo para implantação do ramal do metrô, Furlan disse que irá conversar com o governador Geraldo Alckmin. Ainda não há data prevista para a audiência  entre os dois. O deputado estadual João Caramez, que esteve à frente no último ano da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, disse que pode ajudar para retomar essa discussão. “O Furlan é um grande parceiro do governo do estado e podemos retomar a discussão sobre o ramal para Alphaville”, assegurou.

O projeto

Caso Alphaville seja contemplado, a intenção é implantar um sistema de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). O ramal integra o projeto de expansão e melhoria do transporte sobre trilhos desenvolvido pelo governo do estado e envolve o Metrô e a CPTM. A quantidade de estações e o tipo de financiamento para sua implantação seriam definidos pelo estudo, concluído em dezembro pela CPTM.





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