Alphaville: Fios permanecem soltos nos postes das alamedas

A situação se estende há três meses. Desde que a AES-Eletropaulo iniciou a troca dos postes de iluminação nas alamedas e avenidas de Alphaville e Tamboré, há uma quantidade imensa de fios soltos nas vias públicas. Em alguns locais, eles chegam a encostar nas calçadas, como na alameda Araguaia, próximo ao Shopping Tamboré.

Na avenida Tamboré, a situação também é crítica. Além de fios soltos, há rolos do material deixados ao lado dos postes. A AES-Eletropaulo alega que fez contato com as demais concessionárias de serviços, que utilizam os postes, para que providenciassem a remoção ou adequação de seus materiais. A Telefônica informou, por meio de nota, que regularizaria o problema. Chegou a dar dois prazos para concluir os trabalhos, mas nenhum deles foi cumprido. Agora, a empresa alega que aguarda a Eletropaulo finalizar a troca dos postes, para concluir a adequação dos fios.

Enquanto isso, os moradores e visitantes convivem com o inconveniente de ver os fios soltos ou ter de desviar dos rolos para caminhar pelas calçadas ou mesmo acessar garagens. Em dezembro, um caminhão tentou entrar num posto de combustível e levou os fios, que estavam parcialmente soltos. “Eles [fios] estão baixos, então dificulta a circulação de veículos altos”, disse um dos frentistas.

O problema é que a maioria desconhece a procedência dos fios. Muitos acham que há corrente elétrica e desviam deles, mesmo que tenham de se arriscar em meio aos carros. “Fico com medo. A gente vê cada história sobre gente que morreu eletrocutada, que prefiro não arriscar”, confidenciou a doméstica Maria Eugênia de Sales, flagrada andando no meio-fio da alameda Araguaia.





Próximo ao shopping da Araguaia, onde há um ponto de ônibus, os usuários disputam espaço entre os ônibus e a calçada, justamente para evitar os fios, que quase encostam na rua. “Não sei o que é. Prefiro desviar. Há tempos estamos enfrentando isso. Desde o ano passado”, disse Hermes Nascimento, contador.

Judith de Barros, vendedora, disse que até enviou e-mail para a AES-Eletropaulo reclamando do problema. “Como faz tempo que vejo essa situação, decidi informar para ver se vinham arrumar, mas acho que nem leram meu e-mail porque tudo continua igual ao ano passado.”
Independente das reclamações, está complicado descobrir a quem recorrer.

Como as concessionárias não assumem o problema, caberia às prefeituras realizar a fiscalização. Em Barueri, onde o problema é mais comum, a prefeitura alega que não há qualquer autuação prevista para as concessionárias. O que a administração pública pode fazer é assumir a responsabilidade, contratando uma empresa para realizar o serviço. A Secretaria de Obras e Projetos foi contatada, mas não deu uma resposta quanto ao prazo para acertar a situação.

Em Santana de Parnaíba, o problema começou a surgir nessa semana. A reportagem está fazendo um levantamento das vias para depois acionar a administração pública para a solução.





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