Embora tenha estreado no dia 2, “Um Conto Chinês” (“Un Cuento Chino”) tem sessões marcadas a partir desta sexta, 16, na Cinépolis do Iguatemi Encontra Alphaville.
O longa-metragem traz um dos mais conhecidos atores argentinos, Ricardo Darín (“O Segredo dos Seus Olhos”), no papel de Roberto, um veterano da Guerra das Malvinas e que atualmente possui uma loja de ferramentas. Além de ser obsessivo e metódico na vida (vide as cenas nas quais aparece contando os pregos e o horário em que dorme todas as noites), tem uma mania estranha de colecionar notícias de horror que são publicadas nos jornais.
Mas o filme dirigido por Sebastian Borenstein só tem início, de fato, quando ele conhece Jun (Huang Sheng Huang), um chinês que não fala uma só palavra em espanhol e não consegue dizer o que está fazendo em Buenos Aires, já que fora roubado e arremessado de um táxi. A única pista é o endereço tatuado no braço.
E, assim, os dois vão começar a peregrinação e uma amizade. Há ainda o toque político e as cutucadas, como quando diz ao policial que não gosta de ser desrespeitado por uma pessoa só porque ela vestindo um uniforme.
As cenas que incluem a comunicação são engraçadas, já que cada um fala sua própria língua, mas os dois se entendem por meio dos gestos. Engraçadas no ponto de provocarem um sorriso e não gargalhadas. São cenas simples, que convencem, independentemente de o episódio contado a respeito de uma tragédia na China tenha sido verdadeiro, ou não.
Mas isso é o que menos importa. “Um Conto Chinês” é daqueles longas argentinos de fazer inveja ao cinema brasileiro. Nesta área, aliás, os vizinhos portenhos têm marcado de goleada e merecem ser prestigiados, já que mais de um milhão de pessoas assistiram à trama nos cinemas argentinos.
Fonte: Folha de Alphaville