História de Alphaville

História de AlphavilleO Alphaville é um bairro da cidade de Barueri, onde existem uma série de condomínios fechados, criados e idealizados por Yoshiro Takaoka, sócio da empresa Albuquerque-Takaoka, na antiga Fazenda Tamboré, de propriedade do Conde Honório Penteado.

Na região havia um assentamento indígena, daí a razão ainda alguns condomínios pagarem Laudêmio ao Governo federal, contestado pelos moradores local.

Alphaville Barueri

Implantação

A implantação deu-se com as vendas de lotes na decada de 70 primeiramente à proprietários e executivos das empresas não poluentes que ali se instalavam. Porém, logo depois, pessoas que buscavam tranqüilidade e maior contato com a natureza acabaram mudando-se para Alphaville.

Foi levando em conta esses desejos que o bairro se desenvolveu e hoje abriga mais de 12 mil residências, 42 edifícios residenciais e 16 comerciais. Totalmente urbanizado e com segurança própria, tal como uma cidade com vida e recursos próprios.

Atualidade

Alphaville Barueri tem uma população fixa estimada em 50 mil habitantes (na cidade de Barueri são 232 mil) e uma flutuante de 150 mil pessoas por dia, formada por quem ali trabalha ou visita o bairro, a passeio ou a negócios.

Alphaville é famoso por servir de residência a diversos artistas famosos nacionalmente, alem como: Eliana, Chitãozinho & Chororó, Milton Neves, Cafú, Celso Portiolli, Luciana Gimenez, Joelma e Chimbinha da Banda Calypso entre outros

A região conta com cinco hospitais 24h e muitas clínicas, seis laboratórios, 16 agências bancárias, oito hotéis e flats, e cinema (o mais próximo localizado no Shopping Tamboré proximo a Alphaville, onde há nove salas) e quatro supermercados.

A grande procura imobiliária nesses anos levou incorporadoras e construtoras a buscarem novos terrenos, mais distantes do primeiro centro comercial, favorecendo, desta forma, o aparecimento de novas áreas de serviços e de novos bairros, como o Tamboré, que tem empreendimentos com características semelhantes aos de Alphaville, porém com residenciais lançados a partir da década de 1980, ou como o Bethaville, um bairro planejado, com áreas comerciais, empresariais e residenciais, que se localiza próximo ao novo centro político e administrativo de Barueri e junto à saída para São Paulo pelo Rodoanel. O conjunto de empreendimentos erigidos em torno dos condomínios ficou conhecido como Centro Comercial, ou Centro Empresarial de Alphaville.

Críticas ao modelo

Especialistas em urbanismo, planejamento urbano e arquitetura da paisagem acreditam que empreendimentos como o Alphaville correspondam à mais evidente manipulação dos instrumentos de especulação imobiliária por parte de grandes empresas do ramo imobiliário.

Os efeitos da implantação deste tipo de condomínio são o surgimento, muitas vezes imediato à sua construção, do fenômeno da segregação espacial no tecido urbano, criando barreiras físicas, sociais e culturais ao desenvolvimento harmônico da cidade, em sua concepção tradicional: o condomínio fechado torna privado espaços que são, por excelência, públicos, como a rua e cria obstáculos à noção de direito à cidade. O Alphaville constantemente é apontado como exemplo paradigmático deste processo, eventualmente chamado de "negação da cidade".

Todos os valores que são considerados públicos, fatalmente, passam por processos de privatização, segundo apontam os críticos: a segurança e o lazer são os exemplos mais evidentes.

Além da crítica social, há também ataques ao conteúdo fetichista de projetos deste tipo: em geral, o padrão de desenho urbano proposto aos bairros projetados pelo Alphaville remetem a uma certa imagem do subúrbio norte-americano, invocando uma realidade sócio-cultural diversa da brasileira e vendendo uma ilusão: acredita-se que, mais do que o custo próprio da construção e da localização, cada imóvel tenha agregado ao seu valor o custo imaterial relacionado à fantasia de se viver em uma sociedade ideal, na qual inexistam problemas sociais (como a população sem-teto) típicos da cidade capitalista.

A arquitetura destes imóveis também é apontada como uma arquitetura definida pelo fetiche: não raro são encontradas construções baseadas em estilos históricos europeus, contrárias à tradição moderna da arquitetura brasileira.

Em síntese, críticos consideram o condomínio fechado do tipo Alphaville como um reflexo dos fenômenos da pós-modernidade no espaço urbano brasileiro, reunindo nele próprio todas as contradições sócio-econômicas da cidade contemporânea.

 


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